COMPROMISSOS DO SETOR

domingo, 31 de março de 2019

TEMA 67 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo II: A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS
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O parágrafo versa sobre um dos desafios mais comoventes para as famílias, quando ocorrem carências materiais básicas, onde falta tudo, até alimentos nas muito pobres. SS acena como exemplo o caso de uma mulher que deve criar o seu filho sozinha, situação agravada quando não tem uma pessoa com quem deixá-lo quando vai trabalhar. O filho cresce como abandonado, sujeito a todos os tipos de riscos, comprometendo o seu amadurecimento pessoal. O Papa Francisco chama a atenção sobre o cuidado que a Igreja deve ter na abordagem de situações difíceis de escassez extrema. Há de comprometer, consolar e integrá-las sem se sentirem julgadas e abandonadas justamente pela Mãe portadora da misericórdia de Deus. Não se trata de pretender “doutrinar” o Evangelho atirando “pedras mortas” contra os outros, mas de oferecer o amparo da força da graça e da luz do Evangelho.   

Alguns desafios

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O material recebido no Sínodo levanta novos desafios que grassam atualmente no seio das famílias. Um dos primeiros é a função educativa dificultada por várias causas. Uma delas é a correria do cotidiano, fazendo com que os pais já cheguem em casa sem ânimo e sem disposição para o diálogo com os filhos; caiu em desuso o hábito tão útil para a união da família de jantarem juntos. Já são frequentes as inúmeras distrações além da dependência da televisão, dificultando o momento da transmissão da fé. Outro desafio é a questão da ansiedade das famílias, que se preocupam mais com o futuro incerto do que com o desfrute da convivência com os filhos. Esse enfoque da vida está mais ligado a uma questão cultural do que propriamente com a realidade de um futuro profissional incerto, com a insegurança econômica ou com receio do futuro dos filhos.
  
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando Martins
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

sexta-feira, 15 de março de 2019

TEMA 66 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo II: A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS
47AL
O texto aborda a questão do acolhimento pelas famílias de pessoas com deficiência, não só pelo desafio inesperado que geram quando chegam, mas também pelo modo como serão tratadas, pois transtornam os equilíbrios, os desejos, as expectativas. O Sínodo (2014/2015) destaca com extrema argúcia vários aspectos de suma importância, representada pelo advento de uma deficiência em um dos membros de uma família. Passado o choque inicial, vem a pergunta: “Como enfrentar o mistério de tal fragilidade?”. O cristão indagaria o que Deus espera do seu comportamento. Certamente a aceitação com amor, por ser o testemunho do dom da vida, seria de grande admiração pela Igreja e pela sociedade. É também uma oportunidade de crescimento. A família que aceita com o olhar da fé a presença de pessoas com deficiência está reconhecendo o valor de cada vida, com as suas necessidades, seus direitos e suas oportunidades. SS aproveita o tema da deficiência para compará-lo com o problema enfrentado pelos migrantes. Em ambas as situações, encontra-se um sinal do Espírito, pois são paradigmáticas quanto à lógica do acolhimento misericordioso, necessário à integração de duas pessoas frágeis (migrantes e deficientes).

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O parágrafo versa sobre a presença dos idosos no seio das famílias. Em sua generalidade, os idosos são respeitados e acolhidos com afeto e até mesmo considerados uma bênção.
- As associações e os movimentos familiares, que têm por objetivo a assistência aos idosos sob o aspecto espiritual e social, recebem da Igreja um profundo reconhecimento.
- Perante um mundo industrializado, onde ocorre o aumento do número de idosos em oposição a uma natalidade decrescente, eles podem ser considerados um peso, o que pode submeter os entes queridos a duras provas.
- Para afastar o pensamento do momento da morte, o recomendado seria valorizar a etapa final da vida.
- Por vezes, o amparo do ancião, em sua fragilidade e dependência, é indignamente levado por motivos financeiros.
- A existência humana, vista numa perspectiva ampla, compreenderia também a fase final da vida e, por extensão, poderíamos até compará-la ao mistério pascal (vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus).
- Não podemos esquecer das estruturas eclesiais destinadas ao amparo dos idosos, garantindo-lhes um ambiente sereno e familiar, tanto no plano material como no espiritual.
- Encerrando o parágrafo, SS afirma serem a eutanásia e o suicídio assistido graves ameaças às famílias no mundo inteiro. A sua prática, entretanto, é legalizada em muitos países. A Igreja contrasta firmemente esta realidade, sentindo o dever de ajudar as famílias que se ocupam de seus membros idosos e doentes.
  
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando Martins
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

TEMA 65 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo II: A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS

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As migrações das famílias abrangem numerosos e diferentes aspectos e peculiaridades, muitas das quais foram abordadas por SS, dada a importância do assunto no momento. Pela sua relevância, destacada no próprio Evangelho (Mt 25,35-40), a Igreja contempla o tema em seus compromissos e em suas preocupações. Ela vê, por exemplo, a necessidade de pastorais especializadas, destinadas tanto para as famílias que emigram quanto para os membros que permanecem no país de origem. Tais iniciativas devem atender e respeitar as culturas, a formação religiosa e humana de que provêm e da riqueza espiritual dos seus ritos e tradições.
Iniciamos por destacar que a mobilidade humana, como movimento histórico dos povos, representa um benefício pelas oportunidades criadas tanto para as famílias que se deslocam quanto para os países que as recebem.  
- Muito diferente, entretanto, é para as famílias quando se trata de migração forçada, decorrente de situações de guerra, de perseguições políticas e religiosas ou de outros motivos também injustos. Nestes casos, as viagens ocorrem frequentemente de forma tumultuada, oferecendo perigo à própria vida, traumatizando as pessoas e desestabilizando as famílias. Ainda dentro deste aspecto, SS se reporta às perseguições dos cristãos, assim como das minorias étnicas e religiosas, em diversas partes do mundo, sobretudo no Oriente Médio, representando penosa provação não apenas para a Igreja, como também para a comunidade internacional no seu todo. Completa orientando, no sentido de se empenhar ao máximo possível para a permanência das famílias nos seus locais de origem.    
- Há situações que agravam ainda mais as consequências referidas, podendo tornar-se particularmente dramáticas e devastadoras para as famílias quando elas são vítimas de redes internacionais de tráfico de seres humanos.  
- SS lembra dolorosamente das situações com duração prolongada, que podem ocorrer com mulheres e/ou crianças desacompanhadas durante os deslocamentos para campos de refugiados, impossibilitando-lhes iniciar um processo de integração.
- Por vezes, a pobreza extrema ou outras condições desagregadoras da família podem levar à venda dos próprios filhos para a prostituição ou para o tráfico de órgãos.
  
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando Martins
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

TEMA 64 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo II: A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS
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O presente parágrafo é bastante extenso por abordar várias dificuldades que são vivenciadas pelas famílias atualmente. Iniciamos pela importância de habitação compatível com suas necessidades. Em 1983, a Igreja já se manifestara sobre o assunto na Carta dos direitos da família, nestes termos: a família tem direito a uma habitação condigna, apropriada para a vida familiar e proporcional ao número de seus membros, em um ambiente fisicamente sadio que proporcione os serviços básicos para a vida da família e da comunidade. Entre os trabalhos debatidos no Sínodo da Família (2014 / 2015), está a defesa dos direitos da instituição familiar, que deve ser respeitada e defendida contra toda a agressão, sobretudo no contexto atual quando ela é frequentemente esquecida nos projetos políticos. É fundamental para a sociedade uma política familiar, abrangendo seus diversos aspectos: habitação, saúde, educação, transporte, emprego, cultura, vida social e outros. A falta no atendimento a essas necessidades repercute negativamente, em última análise, na convivência familiar.

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O parágrafo versa fundamentalmente sobre a infância, abordando diversos pontos frequentemente encontrados na sociedade atual. Como primeiro enfoque, os filhos nascidos fora do matrimônio e aqueles que crescem apenas com um dos progenitores ou em um contexto reconstituído por terceiros. Num segundo momento, SS lamenta a exploração sexual da infância, que constitui uma das realidades mais escandalosas e perversas da sociedade atual. Desenvolvendo este tema, falaríamos ainda do abuso sexual das crianças, que se torna abominável particularmente quando ocorre em ambientes onde elas deveriam ser protegidas, como famílias, comunidades e instituições cristãs. Para encerrar, nos reportaríamos às sociedades vítimas da violência da guerra, do terrorismo, do crime organizado e suas consequências na vida das famílias, sobretudo  no caso das grandes metrópoles e nas suas periferias, onde ocorre com frequência o fenômeno dos meninos de rua.
  
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando Martins
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat


quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

TEMA 63 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo II: A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS
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O parágrafo versa fundamentalmente sobre aspectos diversos da reprodução humana e suas consequências na demografia das populações. Atualmente, o ambiente reinante nas sociedades é pela redução da natalidade sem ponderar questões importantes, algumas de natureza econômica, como o seu envelhecimento e os reflexos na previdência social. No presente, a proposta mais difundida é a da sociedade de consumo, que dissuade as pessoas de terem filhos sob o pretexto dos prejuízos que traz à liberdade e ao seu estilo de vida. Em contraposição, quando os esposos, levados por uma consciência reta, forem mais generosos na transmissão da vida, eles mesmos tomarão a decisão de limitar o número de filhos por razões suficientemente sérias. Além disso, também a Igreja rejeita com todas as forças as intervenções coercitivas do Estado a favor da contracepção, da esterilização e até do aborto. Essas medidas são inaceitáveis em casos de populações com alta taxa de natalidade. Nestes desafios que a sociedade se encontra hoje em dia, é por vezes palco de trabalho de políticos incoerentes em suas propostas, quando defendem tais medidas indesejáveis em populações que sofrem o drama da baixa taxa de natalidade. Foi o caso dos bispos da Coréia, que criticaram tal agir de forma contraditória e negligenciando o próprio dever.

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Num olhar panorâmico, verificamos que o enfraquecimento da fé religiosa e sua prática nas famílias lhes traz consequências perniciosas pelas dificuldades que cria no cotidiano da vida. Os Padres Sinodais (Sínodo de 2014 / 2015) constataram, por exemplo, que há uma solidão decorrente da ausência de Deus na vida das pessoas e fragilidade em suas relações interpessoais. Desafiando as famílias, não há como negar a realidade socioeconômica que muitas vezes acaba por esmagá-las. Acrescentaríamos ainda as crises demográficas, as dificuldades educativas, a fadiga em acolher a vida nascente e, no extremo oposto da vida, a presença dos idosos como um peso e a falta de afetividade que pode chegar à violência. Nesse quadro de dificuldades elencadas, torna-se indispensável a presença do Estado através de legislações adequadas que garantam o futuro dos jovens, ajudando-os a realizarem o seu projeto de formar uma família.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando Martins
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

TEMA 62 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo II: A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS
40AL
O parágrafo versa sobre uma cultura que leva as pessoas a não formarem uma família nos moldes cristãos por vários motivos. Em alguns países, por exemplo, os jovens não escolhem o matrimônio porque se sentiriam privados de possibilidades para o futuro, por vezes adiando as núpcias por dificuldades econômicas, de trabalho ou de estudo. Há também outras justificativas:
- influência das ideologias desvalorizadoras do matrimônio;
- experiência de fracassos de outros casais (risco que eles gostariam de evitar);
- receio por considerarem a família como algo muito grande e sagrado;
- vantagens econômicas que derivam da convivência sem maior compromisso;
- medo de perder a liberdade e a autonomia;
- rejeição por ser algo mais institucional e burocrático.
Diante desse quadro, SS reconhece a necessidade de encontrar palavras e testemunhos que atinjam os jovens em sua capacidade generosa de amar, para que aceitem com entusiasmo e coragem o desafio do matrimônio.

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De acordo com os Padres participantes do Sínodo (2014 / 2015), há tendências culturais que favorecem uma afetividade exagerada, narcisista, instável e mutável, prejudicando a maturidade das pessoas. Existe uma preocupação com a difusão, favorecida pela distorção dos meios de comunicação, inclusive a internet, de uma pornografia torpe, da comercialização do corpo, chegando, por vezes, à prostituição. E neste contexto, como se sentem os casais? Alguns permanecem inseguros e indecisos, procurando com dificuldade a forma de como crescer. Outros se satisfazem com os estágios iniciais da vida emocional e sexual. E quando o casal se desestabiliza, partindo para as separações e para os divórcios, o que dizer? Podem ocorrer sérias consequências, não apenas para os adultos, mas também para os filhos e, por extensão, para a sociedade, com o enfraquecimento dos laços sociais. Infelizmente, a solução dessas crises conjugais é, na generalidade dos casos, apressada, sem paciência e sem averiguação das suas causas, dificultando a reconciliação e o tão necessário perdão recíproco. Em decorrência, partem para novas relações, novos casais, novas uniões, novos casamentos e novas famílias com situações, por vezes de difícil entendimento para a visão cristã.
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando Martins
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

TEMA 59 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo II: A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS
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Dando continuidade ao parágrafo anterior, que realça o modo atual de compreender a família, conclui-se que ela pode se transformar apenas em um lugar de passagem, acessível somente quando houver conveniência própria, como desejos volúveis ou pretensos direitos. Diante desse quadro, é fácil confundir liberdade verdadeira com uma permissão sem freios, desrespeitando verdades, valores e princípios que nos guiam, como a concepção do matrimônio monogâmico e indissolúvel. Os estilos de vida correntes levam frequentemente a situações embaraçosas, como é o caso da solidão, pois, para fugir dela, procura-se uma relação que traga proteção e fidelidade, mas simultaneamente pode apenas comprometer o que antes desejara, como a satisfação de outras aspirações pessoais.

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SS propõe que façamos uma reflexão entre o que está na moda para a sociedade atual, de uniões conjugais menos exigentes, algumas que chegam por vezes a danos morais e humanos lamentáveis. Em contraposição, há o que a formação cristã nos ensina sobre a importância do matrimônio e da família, com valores que não podemos omitir ao mundo. Não devemos nos limitar, entretanto, a uma denúncia retórica infrutífera dos males contemporâneos, assim como tentar impor normas autoritariamente. Como proceder? Desenvolvendo um esforço responsável e generoso na tentativa de convencer a sociedade a optar pelo matrimônio e pela família, reconhecendo-os como uma graça que Deus lhes oferece.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat



quinta-feira, 15 de novembro de 2018

TEMA 58 - AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo II: A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS
31AL
Neste parágrafo inicial, o Papa Francisco reitera a importância do bem da família para o futuro do mundo e da Igreja. Para nós, cristãos, as famílias têm início no matrimônio. É um verdadeiro mistério a relação entre esses dois conceitos: matrimônio e família. No contexto atual, deparam-se com inúmeras dificuldades, cuja superação exige análises profundas, verdadeiros desafios a serem enfrentados pelas próprias famílias e também pela Igreja.  Os Padres que participaram do Sínodo 2014/2015 fizeram importantes contribuições pastorais, apresentando um panorama da realidade das famílias de todo o mundo e outras preocupações derivadas da visão do Papa.

A situação atual da família

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O parágrafo examina o papel antropológico-cultural nas sociedades atuais e futuras. Há várias décadas passadas, em algumas nações, já se notava uma realidade doméstica com mais liberdade, com uma distribuição equitativa de encargos, responsabilidades, tarefas etc. A comunicação pessoal entre os esposos repercute favoravelmente na vida familiar, impregnando-a de um humanismo mais espontâneo. A reminiscência de modelos do passado não deve influir de modo dominante na vivência das sociedades atuais nem nas futuras. Constata-se, outrossim, que as mudanças antropológico-culturais referidas acima demonstraram que as pessoas recebem hoje menos apoio das estruturas sociais em sua vida afetiva e familiar do que no passado, isto é, entendemos que o matrimônio era mais estável e os costumes vigentes mais aceitos.

33AL
O parágrafo é muito rico nos assuntos, versando sobre temas diversos e atuais e envolvendo conceitos e escolhas de vida. Aborda:
- o individualismo exagerado que prejudica laços familiares, isolando cada um como se fosse uma ilha e gerando pessoas que crescem segundo seus próprios desejos, assumidos de uma forma indiscutível. Essa cultura individualista tem suas consequências, pois pode produzir manifestações de intolerância, de agressividade e solidão.
- o ritmo estressante da vida atual, em consequência da organização da sociedade, corre o risco de ser permanente, tornando-se um hábito.
- a autenticidade como qualidade quando não reproduz as posturas de outrem. Na sociedade atual, ela é apreciada por desenvolver capacidades e espontaneidade, mas pode também degenerar em defeitos como fuga de compromissos, teimar em manter-se na zona de conforto ou, o que é pior, tornar-se arrogante.
- a liberdade de escolha. Elogiável quando projeta sua própria vida e cultiva o melhor de si mesmo, mas essa liberdade pode se degradar em incapacidade de doação generosa, se não tiver objetivos nobres e hábitos regrados.
- a solidão manifestada em muitos países pela redução dos matrimônios apresenta-se pela vivência solitária ou com a opção de conviver sem co-habitar.
- o sentido de justiça é digno de elogios, mas se ele for mal compreendido, pode se degenerar em exigências inadequadas.  

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat


terça-feira, 30 de outubro de 2018

TEMA 57 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

A transformação do amor
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Este parágrafo versa sobre a transformação do amor conjugal no decorrer da vida, atualmente mais longeva (chegando a cinco, seis décadas de união), propiciada pelas circunstâncias atuais. Se no início da vivência comum a atividade sexual tinha um papel muito importante, com o correr dos anos outros valores foram substituindo-a, dando oportunidade a novas satisfações. Uma delas é a alegria da pertença recíproca, gerando o prazer do companheirismo mútuo, onde cada um conhece tudo de sua vida, de sua história e tudo partilha. Esse crescimento mútuo envolve um amadurecimento contínuo. Nas dificuldades, sabe com quem pode contar para superá-las. Embora parte integrante do amor conjugal prometido, o sentimento não pode ser estendido a todos os momentos. O mesmo não acontece com o projeto comum de vida, que é estável e pelo qual nos comprometemos a nos amar e a nos manter unidos todos os dias até que a morte nos separe.

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O parágrafo aborda a influência da aparência física no amor conjugal. Como surge um casal? O nosso próprio? Em um primeiro momento, podemos até enumerar as causas imediatas, provavelmente de natureza física: o olhar, o falar, o rosto, a postura, o andar... enfim, podemos enumerar um sem fim de motivos pelos quais nos decidimos pelo cônjuge: ele por ela, entre tantas que conheceu antes da decisão e, do mesmo modo, ela por ele. O certo é que o cônjuge enamora-se pela pessoa inteira do outro, com uma identidade própria e não apenas pelo corpo, embora este corpo, independentemente do desgaste pelo tempo, nunca deixe de expressar de alguma forma aquela identidade pessoal que cativou o coração. Com o passar dos anos, o cônjuge enamorado continua a ser capaz de personificá-la e a expressar com carinho seu amor. Reitera essa escolha com uma proximidade fiel e cheia de ternura. A emoção provocada pelo cônjuge como pessoa não tende, necessariamente, para o ato conjugal. Adquire outras expressões sensíveis, porque o amor é uma única realidade. Embora com distintas emoções, caso a caso, pode uma ou outra dimensão sobressair mais. O vínculo encontra novas modalidades e exige a decisão de reatá-lo repetidamente; não só para conservá-lo, mas para fazê-lo crescer. É o caminho de se construir dia após dia. Essa decisão, entretanto, não progredirá se não se contar com a graça do Espírito Santo sobre o nosso amor para fortalecê-lo, orientá-lo e transformá-lo em cada nova situação.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

terça-feira, 23 de outubro de 2018

RETIRO OUT/2018 - SANTOS B

Com a pregação do Frei Lino, o Setor Santos B, realizou nos dias 19, 20 e 21 de outubro o retiro anual com o tema: Sal da terra, luz do mundo.